Vitória inequívoca do FC Porto sobre o Benfica (91-74), em jogo a contar para a quarta jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol. A excelência do tiro de longa distância dos portistas – 19 convertidos em 35 tentados (54%) – não só permitiu que a equipa da casa disparasse no marcador, como serviu de resposta a todas as tentativas de aproximação no marcador por parte dos encarnados.
Os três triplos consecutivos com que os dragões abriram o jogo foram o prenúncio para a eficiência revelada pela equipa nortenha ao longo de todo o encontro. A defender bem, e com grande sentido de entreajuda, os comandados de Moncho Lopez praticamente resolveram a partida durante os primeiros 20 minutos. Se no final do 1º período a vantagem dos azuis e brancos já era de 11 pontos (27-16) - fruto dos 5 triplos, em 8 tentados, concretizados nesse quarto -, no termo da 1ª parte eram 18 os pontos que separavam as duas equipas. Isto depois de um bom período dos encarnados, que conseguiram fechar o jogo a 5 pontos, mas os 2 minutos finais da equipa da casa seriam demolidores para as aspirações dos actuais campeões nacionais. Que com três triplos consecutivos (2 de Ogirri e 1 de Stempin) deram outra tranquilidade aos visitados quando recolheram aos balneários para tempo de intervalo. No arranque da etapa complementar, os encarnados melhoraram um pouco o seu tiro exterior, mas já era extremamente complicado correr atrás do prejuízo. E sempre que o ameaçava fazer, a linha de 3 pontos revelava ser sempre madrasta para os actuais campeões nacionais. O empate a 19 pontos deixava tudo na mesma para o derradeiro quarto, mas com o tempo a jogar a favor da equipa que vencia (69-51). Os 10 minutos finais foram um “dejá-vu”, já que quando os benfiquistas reduziram para 13 a diferença que separava as duas equipas (56-69), mas nem a defesa zona conseguiu evitar a mão quente dos dragões que, com mais dois triplos seguidos (Ogirri e Andrade), praticamente sentenciaram a capacidade anímica dos encarnados (75-58). O norte-americano Sean Ogirri (22 pontos, 4 assistências e 2 roubos de bola) foi um dos expoentes máximos da eficiência portista da linha dos 6.75 metros, ao converter 6/10 lançamentos. Uma vez mais, Stempin (16 pontos, 7 ressaltos, 3 roubos de boal e 2 assistências) foi o MVP do encontro, num jogo em que tem que se destacar o colectivo do FC Porto, com 5 jogadores a conseguirem converter 10 ou mais pontos. No final do encontro Moncho Lopez era naturalmente um treinador satisfeito por tudo aquilo que a equipa tinha feito durante os 40 minutos. “Este foi um jogo em que demonstrámos confiança, controlo defensivo e, quando assim é, normalmente, as coisas saem bem no ataque”. Quanto à eficiência demonstrada pela equipa nos lançamentos de 3 pontos, o técnico elogiou a boa a boa percepção revelada pelos jogadores de quando lançar. “Hoje fizemos uma boa selecção de lançamento, criada pelos movimentos dinâmicos dos jogadores sem bola e pela disciplina táctica.” Quanto ao salto qualitativo demonstrado pelos dragões, o treinador justifica-o com o facto de ter tido à sua disposição “durante toda a semana de trabalho Greg Stempin” e os “15 dias a mais de trabalho de Sean Ogirri”, depois da lesão que o apoquentou no arranque de temporada. Quanto à comparação desta equipa com a da época passada, Moncho Lopez diz que “ainda é cedo” para se tirarem conclusões. “É um grupo que trabalha bem, com motivações fortes, que tem ainda que melhorar e naturalmente ainda vai ter bons e maus momentos.” E para ultrapassá-los o treinador espanhol aponta um só caminho: “Trabalhar ainda mais para superá-los.”
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