Desde o primeiro pontapé que o campeão português revelou maior competência e velocidade para melhor cumprir a viagem histórica, que fazia a ligação virtual entre Tóquio e o Porto. E nem foi preciso muito para Kleber provar a sugestão inicial. Antes de completado o décimo minuto, a persistência do brasileiro provocou o primeiro balançar das redes, na resposta imediata a uma defesa incompleta de Sosa, a remate de Hulk.
Como na neve do Japão, há quase 24 anos, no relvado o FC Porto apresentava outro andamento, uma rotação superior. E, com ela, uma estrutura que se especializa na posse e no ataque, que, entre outras oportunidades, poderia ter produzido a ampliação da vantagem sobre o intervalo, quando Kleber chegou com uma fracção de segundo de atraso a um cruzamento de Varela.
O recomeço repetiu a configuração de jogo e até de movimentos. Com menos de dois minutos de segunda parte, os mesmos intérpretes (Varela e Kleber), na mesma sequência, ficaram a centímetros do segundo golo. Agora com a diferença de a bola ter batido no poste.
Com um atraso significativo, o 2-0 chegou aos 71 minutos, na transformação de uma grande penalidade. Hulk sofreu, Hulk marcou, com o guarda-redes Sosa praticamente sem reacção, indeciso sobre que lado escolher perante a simulação irrepreensível do brasileiro.
Depois de 11 alterações, apresentando uma equipa completamente diferente, a máquina continuou a carburar, permitindo que Walter fechasse o resultado a três minutos do final, na sequência de um lance fantástico de Kelvin, na esquerda, que, com um repertório de dribles inesperados, bailou diante dos opositores, antes de servir o cruzamento. Walter fez o resto, à meia-volta.
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