Não foi um jogo brilhante, mas foi um jogo em que houve duas facetas da equipa portista um grande espírito de sacrifício e luta durante a primeira parte, na qual fomos um pouco inferiores aos russos. E na segunda parte, surgiu uma equipa tranquila, confiante e dominadora, que foi muito superior em todos os aspectos, o que naturalmente levou ao golo, um tento de Fredy Guarín a 20 minutos do fim, que deixou os dragões numa excelente posição para defrontar a segunda mão.
2 comentários:
Primeira-parte, dura, sofrida, por culpa de uma equipa boa, muito boa no último terço do campo, com três avançados do melhor que temos visto - W.Love, Doumbia e Honda -, criativos, rápidos, mas também por culpa própria, por culpa de um F.C.Porto desadaptado, a errar muitos passes, "sem Hulk", a dar muito espaço e a permitir que os jogadores russos chegassem à frente com vários jogadores, em velocidade e com a bola controlada. Valeu Helton, em duas ou três ocasiões, para que o marcador ficasse a zero, enquanto a equipa portista, hoje de amarelo, também criou perigo, mas sem as oportunidades da equipa da capital russa.
Resumindo: melhor o resultado que a exibição, num empate que se tivesse sido desfeito, esteve mais perto de acontecer para a equipa russa que da equipa portuguesa.
Na segunda-parte tudo foi diferente. André Villas-Boas rectificou e se nos primeiros minutos ainda deu a ideia que tudo ia ser igual, rapidamente essa impressão se desvaneceu. A equipa portista passou a estar mais junta, mais unida, a dar menos espaço, passou a controlar, dominar, Sapunaru ameaçou e Guarín, aos setenta minutos, marcou, dando uma vantagem que, a partir de certa altura, se começava a adivinhar. Em vantagem a equipa portista não se encolheu, continuou a jogar da mesma maneira, longe da sua área e se o resultado, pelo que foram os noventa minutos, se aceita, estivemos mais próximos dos dois a zero que os russos de empatar.
Foi a sexta vitória fora, a nona em onze jogos, com um empate e apenas uma derrota, sem consequências, num jogo em que fomos claramente superiores. É um currículo excelente, prova provada que o sistema existe, está vivo e recomenda-se. Mas atenção, ainda não passamos e o CSKA pode vir fazer ao Dragão o que nós fizemos na Rússia. Para que isso não aconteça e alcancemos os nossos objectivos de estar nos quartos-de-final, é necesssário um Porto que em casa, pelo menos, consiga também, tal como aconteceu em Moscovo, cidade talismã, não perder. Desta vez não será às cinco horas e portanto, vamos encher o nosso belíssimo anfiteatro.
Nota final: apenas vou destacar, Guarín, para mim o melhor em campo e com um golo fantástico. É assim, aproveitando as oportunidades e mostrando qualidade para ser titular, que se conquistam lugares na equipa. Não é com amuos, caras feias, deixa rolar... Helton, porque foi decisivo, evitando dois ou três golos certos.
E o nosso treinador, que, mais uma vez, esteve muito bem ao intervalo. O F.C.Porto da segunda-parte não teve nada a ver com o da primeira. Villas-Boas e a sua equipa técnica - o treinador, sem complexos, distribui os louros... -, corrigiram, alteraram e ninguém tem dúvidas, houve bastante Porto na etapa complementar. Um Porto que honra e prestigia o futebol português, um Porto que responde, em campo, à calúnia, à inveja e aos vermes, especialistas em denegrir a sua imagem.
Um abraço
Foi uma vitória feliz, num relvado difícil, a avaliar pelas dificuldades sentidas por grande parte dos nossos jogadores.
Helton esteve gigante a assegurar o nulo, na primeira parte, para no segundo tempo vir ao de cima a maior classe do FC Porto, que finalmente tomou conta do jogo, conseguindo o triunfo com um belo golo de Guarín (para mim muito mais útil que Belluschi) e com a sensação de que o marcador poderia ter sido alargado.
A eliminatória está longe de se considerar ganha, mas que este resultado constitui um passo importante para o conseguir, ninguém o pode negar.
Um abraço
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