domingo, 6 de junho de 2010

Basquetebol 4º Jogo da final dos play-offs

Ao quarto jogo, o segundo no Dragão Caixa, o FC Porto Ferpinta derrotou o Benfica e reentrou na discussão. Fê-lo de uma forma tão clara e autoritária como os 32 pontos de vantagem espelham (90-58), sublinhando, em particular, o equívoco do resultado da antevéspera. O quinto capítulo da final dos playoffs escreve-se na noite de quarta-feira, na Luz.
O primeiro parcial (24-11) foi apenas o reflexo da entrada determinada dos Dragões, que, num reajustamento estratégico, aprenderam a neutralizar Heshimu Evans, que fora uma das mais fortes razões da vitória «encarnada» na sexta-feira. Com Carlos Andrade a vedar-lhe os caminhos do cesto, o norte-americano do Benfica, autor de 30 pontos no jogo 3, não atingiu sequer a dezena (8).

Mas a vitória da equipa que ganhou todos os parciais fez-se de outros pormenores. Como nas tabelas, onde os Dragões recuperaram a hegemonia (40 ressaltos contra 31), ou no desempenho de Nuno Marçal, que volta a estar ligado a mais uma grande exibição da equipa, em especial no primeiro período, fase em que deixou que a sua inspiração triplista ajudasse a cavar distâncias e a empolgar o pavilhão. Em 23 minutos de utilização, Marçal fez quase um ponto por minuto (21).

Enquanto isso, e a vantagem crescia, Greg Stempin demonstrou que só lapsos de arbitragem, capazes de forçar a sua exclusão, lhe retirariam a condição de «homem do jogo» e a possibilidade de resolver a partida, como aconteceu na sexta-feira. Meia hora foi tempo de sobra para o norte-americano do FC Porto Ferpinta assegurar a distinção de MVP, assente num «duplo-duplo» de 24 pontos e 10 ressaltos, a que juntou 3 roubos de bola e 1 desarme de lançamento.

Os 11 pontos, 6 ressaltos e 7 assistências de Jeremy Hunt ajudam a contar o restante da história, que terminou antes do fim, quando, com mais de cinco minutos para jogar, Moncho López se deu ao luxo de gerir a vantagem apenas com portugueses. E sem Nuno Marçal, Carlos Andrade ou João Figueiredo.

No final, o treinador dos Dragões falou de «uma equipa solidária, disciplinada e concentrada», referindo-se à sua equipa, antes de sublinhar a qualidade do «trabalho ofensivo» e em situações de «um contra um». Moncho López explicou, ainda, a razão da abordagem decidida do encontro: «Era importantes mostrarmos a nossa vontade de ganhar logo no primeiro quarto». A consequência estava à vista, mas a conclusão é do técnico espanhol: «O Benfica acabou por levar uma “porrada” de uma equipa que está a perder a final». Por 3-1.

A série, disputada à melhor de sete jogos, regressa a Lisboa e Moncho confia na «capacidade da equipa». «Da mesma forma que o Benfica venceu no Dragão, nós temos de ir ganhar à Luz», diz o treinador. Quarta-feira, a partir das 21h00, se verá.

FICHA DE JOGO

Liga, final dos playoffs, jogo 4
6 de Junho de 2010
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 1.511 espectadores

Árbitros: Luís Lopes, Sérgio Silva e Nuno Monteiro

FC PORTO FERPINTA: Jermy Hunt (11), Nuno Marçal (21), Carlos Andrade (2), Greg Stempin (24) e Julian Terrell (8); Jorge Coelho (8), João Figueiredo (0), Rui Mota (7), André Bessa (2), José Almeida (0), David Gomes (2), Paulo Cunha (5)
Treinador: Moncho López

BENFICA: Miguel Minhava (2), Ben Reed (15), João Santos (8), Will Frisby (6) e Heshimu Evans (8); António Tavares (3), Carlos Barroca (4), Sérgio Ramos (7), Diogo Carreira (5), Eky Viana (0)
Treinador: Henrique Vieira

Ao intervalo: 43-27
Por períodos: 24-11, 19-16, 24-18, 23-13

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