segunda-feira, 9 de maio de 2011

«Se me Vem Tanta Glória Só de Olhar-te».


O presidente da Liga, Fernando Gomes, entregou ao Porto, minutos antes do apito inicial do jogo com o Paços de Ferreira, no Estádio do Dragão, o novo troféu do campeão. Fernando Gomes surgiu acompanhado, no relvado, do presidente do Porto, Pinto da Costa, e além de ter entregue o troféu aos capitães do novo campeão nacional (Helton, Falcao e Mariano), entregou também uma miniatura do troféu a todos os jogadores portistas. A peça, da autoria do designer Nuno Martins, pesa nove quilos e mede 80 centímetros. É feita em prata e ouro, associando conceitos como união, memória, identidade e glória. Este novo troféu surge como uma marca intemporal, capaz de resistir às circunstâncias do momento. A intenção, por isso, é que venha a ser o troféu do campeão durante muitos anos. Sem base, não há topo. O campeão sai de um vasto conjunto de clubes e a nossa primeira referência é, por isso, a todos os emblemas que já participaram nesta competição. A base representa O NOSSO FUTEBOL, numa ideia que associa os conceitos de união e memória. Estão gravados os nomes de todos os clubes que já passaram pela prova desde 1995/1996, época em que a Liga começou a organizar os campeonatos profissionais em Portugal. A inscrição de todos os clubes que entraram na competição nestes 15 anos é uma homenagem aos participantes que, temporada após temporada, valorizam e engrandecem o evento. À imagem de todo o troféu, a base é sólida e robusta: acolhe todos os nomes e é, por isso, abrangente e plural. A competição nasce da base, mas, num segundo nível, sobressaem já 16 estrelas: os actuais participantes na Liga Zon Sagres. Desse plano saem os dois braços. A forma retorcida espelha as dificuldades de se atingir o topo e cria a ilusão de que os braços estão a sair da própria taça. À medida que nos aproximamos do topo, só os campeões conseguem resistir: e, para se chegar lá acima, há que ultrapassar muitos obstáculos. O percurso vai afunilando – e passa a ser reservado à glorificação de quem vence. O corpo central destaca a identidade portuguesa, com a inscrição do escudo, símbolo nacional. No verso, pode ler-se um poema de Camões, «Se me Vem Tanta Glória Só de Olhar-te». É um poema sobre o amor, que nos mostra que o caminho da glória dos campeões tem sempre uma parte romântica. E ajuda-nos a perceber um pouco do lado poético que, tantas vezes na nossa História, tem guiado os portugueses ao sucesso. O caminho da glória é atingido quando os dois braços tocam num dos sete castelos gravados na bola, simbolizando as conquistas portuguesas. No topo, está gravado o nome de todos os campeões, época a época. A dificuldade do caminho até chegar ao topo está simbolizada na torção dos braços, que se acentua à medida que o cume se aproxima.

TROFÉU LIGA ZON SAGRES
Altura: 80 centímetros
Peso: 9 quilos
Autor: Nuno Martins
Materiais: Prata e ouro
Conceitos-chave: união dos clubes na base; glória ao campeão no topo; identidade nacional (nos sete castelos gravados em cima e nas quinas inscritas no corpo central); memória;
A torção dos braços aponta para as dificuldades do caminho.



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