segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pioneiros até no Hóquei Patins Feminino.

Sabia que o Futebol Clube do Porto foi um dos clubes pioneiros no hóquei em patins feminino no norte de Portugal, juntamente com a Académica de Espinho, na segunda metade da década de oitenta?
Os responsáveis por esta “novidade” foram Joel Pinto e Vladimiro Brandão, sendo que este último entrou na história da modalidade por ter “dado” ao hóquei em patins, craques como Vítor Hugo, Vítor Bruno, Realista, entre outros. Já o primeiro, Joel Pinto, tornar-se-ia posteriormente no primeiro seleccionador nacional de hóquei em patins feminino, no início da década de noventa. Um pouco de história. A introdução definitiva da variante feminina do hóquei em patins em Portugal começou em 1985, quando várias jovens (praticantes de patinagem artística) decidiram experimentar jogar hóquei em patins. Foram criadas duas equipas: Associação Académica de Espinho e Futebol Clube do Porto. Com muitas dificuldades, pois não eram reconhecidas pela FPP, não tinham patrocínios nem jogos oficiais, estas equipas acabaram passados poucos anos, por razões fúteis:
A ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE ESPINHO (1985-1988): Projecto de” Joel”, apoiado por Vladimiro Brandão. Devido à falta de competição, as atletas foram-se desmotivando. A “machadada” final aconteceu na época 1988/89, quando a Académica de Espinho extinguiu a secção de hóquei em patins devido ao conflito (político / administrativo) deste clube com a FPP e a Associação de Patinagem de Aveiro;
O FUTEBOL CLUBE DO PORTO (1986-1988): Projecto incentivado por Cortez Ferreira e Paulo Castanheira, com “Joel” como treinador. Á falta de adversários e motivação das atletas, juntou-se o facto de o clube ter deixado de ceder o pavilhão para os treinos devido às exigências de Tomislav Ivic (treinador de futebol), que queria que o plantel profissional treinasse num recinto coberto nos dias de chuva; Graças a estas exigências do futebol profissional, aliadas às dificuldades financeiras, o FC Porto também acabou com a secção de voleibol e mini-basquetebol, que partilhavam o referido pavilhão com as meninas do hóquei em patins;
Com o fim destas equipas, algumas jovens não desistiram. Parte das atletas do FCP, lideradas por Cristina Luísa (treinadora) e apoiadas pelo dirigente Isaac de Sousa, fundaram alguns meses depois a equipa do Centro Paroquial e Social de Alfena, que começou a disputar jogos amigáveis com equipas de juniores e juvenis masculinos.
Em 1990, José Pinto (“Joel”), ex-treinador das equipas femininas da Académica de Espinho e dos portistas, funda a equipa feminina da Casa do Povo de Vila Boa do Bispo (Marco de Canaveses);
Com o fim da Fundação Nortecoope, e numa altura em que se tem de apostar na formação de novas hoquistas, que se poderiam inspirar nas equipas masculinas para levar bem alto o nome do Futebol Clube do Porto, o que achariam os adeptos portistas da criação de uma equipa feminina, vinte anos depois das pioneiras?

Autor: Nelson Alves (mundook.net)
Foto: Maria João Gomes

1 comentário:

Anónimo disse...

Um tema muito interessante e pertinente. Estou completamente de acordo com a ideia, penso que seria benéfico o clube ter estas variantes simpáticas ao público, como seria o hóquei em patins feminino.
Já de outras sugestões que por vezes aparecem, como do futsal, sou contra, porque neste caso não gosto desse tal futebol de sala (pavilhão), ponto final.
Mas voltando ao hóquei, quanto ao personagem referido no pioneirismo do hóquei feminino, o Joel foi um hoquista prometedor na transição dos anos 60 para 70, tendo feito parte da equipa do F. C. Porto que venceu o Campeonato Metropolitano de 1969 e se sagrou vice-campeão nacional no mesmo ano, ao lado de Brito, Cristiano, Leite, Hernâni, Ricardo e Castro.

Agora o futebol: Grande vitória. "Lixamos" os mouros!

Abraço.

http://longara.blogspot.com/